Não sei, mas acho que já sai da maternidade Colorada, desde que me conheço por gente, eu amo, torço, brigo e festejo este time; a camisa, o clube, o Inter. Cresci em meio aos gremistas, ouvindo as piadinhas que meu time não ganhava nada, e até o nosso título invicto de 1979 parecia pequeno quando eles ostentavam com soberba o tal título mundial, mas pra mim eles sempre foram os Segundinos, coisa que nunca fui e nunca serei!
Meu time é do povo, o primeiro clube gaúcho campeão brasileiro, o Rolo compressor, a casa do Rei de Roma, nós colorados criamos se não o maior, um dos maiores clássicos brasileiros; o Grenal. Quando os irmãos Poppe fundaram o Inter, e abusados chamaram o Grêmio para uma partida não imaginavam a proporção que teria esta rivalidade. Isso significa que o Grenal é nosso, mas a hegemonia Colorada nos clássicos já nos mostra!
Com mais ou menos oito anos eu fiz uma promessa que se o Inter ganhasse o Grenal do Gaúchão que eu havia ido assitir, eu iria dar cindo voltas de joelhos em uma praça na frente da minha casa; nós ganhamos e eu só não paguei a promessa por que na volta do jogo minha mãe descobriu a minha idéia e só me trouxe de volta as quatro horas da madrugada, e eu já havia dormido.
De onde vem este sentimento? Que é quase uma loucura, uma paixão pelo clube. Pelo time que entra em campo, nós brigamos, ficamos irados, cornetamos os rivais, é algo sem explicação. Mas vale a pena, sempre valerá a pena ter aguentado os meus amigos gremistas com suas piadinhas, valeu os momentos de aflição, valeu a angústia das oportunidades perdidas.
Tudo isso faz parte do show, e o melhor disso tudo é que eu posso dizer que vi meu time levantar a taça de campeão da Libertadores dentro do Beira-rio lotado, com 50 mil vozes gritando: É campeão! E o gol do Gabirú no título mundial, que deixou o mundo aos nossos pés, diante do até então “melhor” time do mundo, o Barcelona, ficará sempre na minha memória.
Nós somos os campeões de tudo!
Somos o Sport Clube Internacional!
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