Uma ação de Colorados para o Inter!
O ano de 1995 é muito distante de hoje, tanto em termos de tempo, quanto em termos da situação do Clube. Naquela temporada como em diversas ocasiões dos anos anteriores, amargávamos fracassos dentro do campo. Os insucessos freqüentes, a falta de títulos (exceção de 1992) e a falta de perspectiva eram os principais sintomas de um Internacional administrado por apenas um grupo político, com pouca ou nenhuma alternância de poder.
Foi justamente nesse contexto que um grupo de sócios oriundos das cadeiras e das sociais, sem nenhum vínculo com a política clubística, resolveu entrar em ação para ajudar o Inter. Muitos foram os que duvidavam, pois o senso comum indicava que para participar da política do Clube era necessário ter reconhecimento na sociedade, ou em outras palavras, ter dinheiro, muitos recursos financeiros.
Mas aquele grupo de jovens, não tanto em idade, mas essencialmente em idéias, resolveu se inspirar nos fundadores do Clube e em nome do binômio democracia e profissionalismo se lançou na política da Instituição. Tínhamos como bandeira as eleições proporcionais para o Conselho Deliberativo, a transparência nas ações do Clube e a necessária profissionalização (que nunca para nós significou simplesmente contratar profissionais).
Na primeira eleição que participamos aliados aos companheiros do Movimento Inter 2000, fomos vitoriosos na eleição para o Conselho Deliberativo. Havia anos que as eleições do CD eram com chapa única. Na outra renovação do Conselho com a União das Oposições (incluindo ainda o Movimento Inter Grande) obtivemos a maioria do Conselho, o que permitiu que depois de muitos anos houvesse alternância no poder do Clube.
Dessa forma participamos da gestão 2000/2001 comandada pelo Inter 2000, mas onde tivemos uma grande oportunidade de contribuir e aprender sobre nosso Clube na prática. Aquela gestão entrou na história do Internacional como a que rompeu com paradigmas, ajustou as contas do Clube, preparou o Colorado para a Lei Pelé e priorizou as categorias de base. Mesmo não tendo a hegemonia da gestão, o Movimento qualificou seus quadros e acima de tudo ajudou a revigorar a política e a Instituição como um todo.
Atualmente o InterAção continua sendo um movimento atuante no Conselho Deliberativo e na política do Clube buscando sempre de maneira responsável e construtiva apresentar propostas. Em nossa opinião, hoje em dia as questões do Internacional são diferentes daquela época da criação do Movimento e as respostas mais complexas ainda. Acreditamos que o Clube necessita passar por um processo de profissionalização que leve em conta a administração de um orçamento de mais de 120 milhões. A Instituição deve buscar sair na frente das demais elaborando um modelo de gestão que coloque o Inter na vanguarda da gestão corporativa dos Clubes de futebol. Igualmente acreditamos que o atual modelo político do Inter, baseado em movimentos estanques, igualmente pode estar saturado. Por esta razão, em conjunto com os demais movimentos não alinhados à atual diretoria, o InterAção vem procurando novas respostas para fazer com que nosso Colorado seja cada vez mais vencedor, dentro e fora das quatro linhas.
Autoria de Eduardo Lacher
Conselheiro do Sport Club Internacional, pelo Movimento Inter Ação
3 comentários:
Se não fosse a gestão de Fernando Miranda em 2001, o clune não seria o que foi nesta década. Incrível que há pessoas que insistem em demonizá-lo, na torcida e no conselho. Pô o cara nem foto tem no Beira Rio entre os presidentes!
Eu sempre defendi o Fernando Miranda! Fernando Carvalho conseguiu todos aqueles títulos na direção por o alicerce já estava pronto!
PArabens ao Eduardo LAcher pelo texto.
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