segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PRA SEMPRE.

Agora mudou. O que era, não volta mais. Talvez, ninguém veja, ou poucos percebam. Ou quem sabe todos saibam, mas tentem esconder. Muitos se defendem com conquistas já ultrapassadas, ou se vangloriam de grandes feitos. Eu me protejo com amor. Alguns sentem o mesmo que sinto, mas continuam com essa de que estão por cima, quando simplesmente não estão. Não adianta se esconder atrás de um título. Não adianta conquistar e perder. Não adianta lutar, ganhar e depois desistir. O que era, não vai mais voltar.Enquanto ficarmos parados, inventando desculpa, e nos escondendo atrás de títulos - que em questão de alguns meses não serão mais nossos – continuaremos no mesmo lugar. Então se mexa! Torça, apóie, vibre, grite, lute e ame. Apaixone-se de novo por um dos motivos da tua existência, e faz de tudo para ergue-lo novamente. Faça com que tudo melhore, tens esse poder. Quando cada um de nos for à luta, faremos do impossível possível, faremos com que tudo volte a ser como antes, mesmo que seja difícil.Agora esquece que tens mundo, ele escapará das tuas mãos, mais cedo ou mais tarde. Lembre da tua humildade de sempre, e nunca largue dela. Mesmo que pareça inútil aos olhos de muitos, é o segredo do sucesso. Pelo menos do nosso sucesso. Cada parte da nossa história tem muita paixão, garra e humildade. E é com estas três armas que continuaremos daqui pra frente. Jogadores, títulos, vitórias e derrotas vão ir e vir, mas enquanto o a camisa alvirrubra existir em algum lugar da terra, estará vestida sobre algum guerreiro, e não faltará garra, paixão ou humildade, não acabará o Sport Club Internacional.

- Colorados

Guerreiros, fiéis, seguidores. Torcedores, críticos, apaixonados. Colorados, diferentes. Diferentes de tudo que já ouviste, viste ou sentiste. Diferentes de todas as outras coisas nesse mundo. Somos alvirrubros, seguidores de algo sobrenatural. Algo que nos faz cada vez mais feliz. Mesmo na derrota, o apoiamos, e na vitória, a festa é cada vez mais linda. É como um casamento, ou talvez muito mais.Para alguns, esse amor não significa nada a mais que isso. Para nós, que sentimos isso cada dia mais forte, cada vez mais intensamente e infinitamente. Para nós, o que se passa aqui, é algo acima de tudo, algo que simplesmente não tem explicação. Que nem Freud explicaria e que nenhum de nós trocaria. Algo especial. Mais do que um sentimento, do que uma simples paixão. Maior do que uma nação... Acima qualquer coisa. Mas quando alguém duvidar disso tudo, quando alguém subestimar tua paixão, não ouça. Ou melhor, prove o contrário. Prove que o amor que sentes é maior que tudo. Prova que nada vai nos separar. Prova que por amor, superarias tudo. Mostra que com essa paixão, esse amor, esse sentimento inexplicável, travaste batalhas memoráveis, conquistaste feitos inéditos. Prova mais uma vez - e quantas precisares - que nada vai mudar o que sentes. Nada vai fazer com que o vermelho do teu sangue, da tua alma, o teu vermelho mude de cor. Mostre a todos que por mais que a situação seja desfavorável, teu amor seguirá aumentando, e o motivo do teu amor seguirá cada vez mais conquistando. Prove que nada vai superar isso. E finalmente, que serás Sport Club Internacional incansavelmente, pra sempre.

O maior amor do mundo

Alguns tentam vencer o invencível, ou tentam fazer coisas impossíveis. Muitos tentam esquecer o inesquecível. Eu não tento fazer nada que seja muito difícil. Muito pelo contrário, faço a coisa mais fácil do mundo.Eu amo. Aliás, amo incondicionalmente, como poucos fazem. Tenho um amor rubro à uma camisa, à uma entidade, à uma nação. Amor inigualável e imbatível. Amor incansável. Mais do que amor. Paixão. Ou muito mais do que isso.Poucos tiveram a sorte de ter um amor tão intenso, e tão... Lindo. Garanto que só alguns têm uma razão tão boa para sorrir, para chorar, para agradecer à cada dia. Uma razão para viver. Ou mesmo uma sem-razão, ou um milhão de sem-razões. Afinal, esse amor que brota no meu peito à cada dia não teve motivo, hora ou data marcada para acontecer. Foi imposto à mim carregar esta glória, por toda a eternidade. Há quem diga que somos predestinados. Eu acredito nisto. Afinal, ser escolhido para viver feliz, é uma sorte que poucos têm e eu tive. Nós tivemos.Mas não foi só de felicidade que nossa paixão foi feita. Quantas lágrimas não escorreram pelo teu rosto ao ver o colorado perder? Ou quantas segundas-feiras não acordaste mau-humorado por causa de derrotas do glorioso no final de semana? Ou quantos risos vindos de gremistas tiveste que agüentar?
Nunca se esqueça de que títulos não são tudo. Lembre dos sorrisos que deste por simples amistosos. E das lágrimas a cada gol tomado. Lembra das promessas mal-sucedidas e dos jogos perdidos, aonde tu mais sofreste do que viste futebol. Agora, relembra de todas as glórias do teu Internacional, e também que tu participaste delas. Lembra do mundial, tua maior glória, ou de qualquer campeonato regional que te causou os mais belos sorrisos.
Nada disso importa mais. Continua apoiando, vibrando e amando, cada vez mais – se é que isso ainda é possível. Afinal, não é o nosso presente que diz tudo?
Então, esquece de tudo isso, e olha pra frente. Tu ainda tens muito a viver, muito a comemorar e muito a conquistar. Quanto ao resto, nem lembra. Uma hora, derrotas virão. E com elas, mais lágrimas e decepções. Mas não se deixe derrubar. Erga-se mais forte do que nunca, mas seja humilde. Humildade é o nosso diferencial. Nós nascemos da negação e sobrevivemos do amor. Do amor mais lindo, do mais intenso, do mais fanático. Do amor sem fronteiras. Amor sem explicação, que une pessoas e corações. Que move montanhas. Sobrevivemos do maior amor do mundo. E eu não tenho dúvida alguma de que este jamais irá diminuir. Muito pelo contrário, ele tem tudo para aumentar.Afinal, tu és colorado. Talvez mais do que ontem, mas com certeza mais do que amanhã, tu és Sport Club Internacional por toda uma vida.

Supere-se

Quantas vezes já deves ter parado para pensar o quanto o dia de amanhã é decisivo para ti? Se perceberes bem, seria só mais um título. Alguns ficariam incrédulos ao lerem o que acabo de escrever. Mas não precisas te assustar, quando eu digo ‘só mais um título’, me expresso como gostaria. Claro, eu assim como todos aqueles em sã consciência, adoraria vencer – afinal, vencer é o que todos querem -. Mas vejo o dia de amanhã mais como um desafio do que como um campeonato ou uma copa em si, porque se ganharmos, provaremos que com força de vontade, é que se consegue as coisas. Nos superaríamos mais uma vez. Iríamos além das nossas forças. Mas, ao mesmo tempo, estaríamos iludindo à nós mesmos. Ou não. Talvez provaríamos o quanto somos guerreiros, corajosos, colorados.Alguns vão olhar pra ti, e dizer que estás delirando. Que o digam, não importa, e não importará. Seguirás teu caminho, lutando, vibrando, gritando, torcendo, sendo cada vez mais colorado. Estarás no Gigante no dia sete, ouvirás gritos ecoarem, e nada mais te preocupará. Estarás em tua casa, junto com a tua família, tua imensa família.Mas para que nos consagremos campeões, teremos de fazer o impossível. Teremos de ser cada vez mais guerreiros, acreditar cada vez mais e, principalmente, teremos de – mais uma vez – nos superar. Por isso, durante as duas semanas que se seguirão daqui em diante, não poupe a tua voz. Grite, vibre, torça, como se nunca o tivesse feito antes. Se apaixone de novo por um dos motivos da nossa existência, como se não houvesse o amanhã. Torne-se cada vez mais colorado, como se nunca houvesse nascido. Vá ao Gigante na próxima semana, serás essencial. Siga de cabeça erguida, fases vão e vêm, mas o orgulho que tens por ser colorado não muda. Continue à lutar, mesmo que desacredites, a nação colorada precisa de ti mais do que nunca, afinal todos são rubros, como tu.
E, se por ironia do destino, estiveres delirando pela Padre Cacique na madrugada do dia oito, eu te aconselho a não parar. Ou talvez, parar e mostrar àqueles que duvidavam, o quão longe uma verdadeira paixão pode ir.

Olha pro céu

Olha pro céu. Tu vais descobrir quem sou. Escolha as seis estrelas mais brilhantes que encontrares. Agora imagina elas juntas, em uma manto vermelho, vermelho sangue. Imagina elas no teu peito sobre um símbolo que significa paixão, confiança, perseverança, que significa quase tudo para alguns. Depois pensa como elas nasceram. Cada uma delas veio com a luta de heróis de sua época. Mas elas, todas, vieram principalmente com a garra de cada um dos meus milhares de seguidores. Com suas lágrimas, sangue e suor também. Cada uma delas, foi formada por horas a fio de dedicação, esperança, e o mais importante de tudo, de amor. Amor este, que me rende até hoje orgulho. Orgulho de poder ter dado confiança a todos que me amam, de poder ter dado orgulho àqueles do qual me orgulho. De poder ter dado a eles razões para comemorar. Nas fases ruins, eles sempre estiveram do meu lado, mesmo quando tropecei, eles me sustentaram e jamais me deixaram cair. Quando me julgavam pequeno, eu era a maior coisa do mundo para eles. Quando eu não tinha aonde morar, construíram minha casa, aonde vivo até hoje, aonde travei diversas batalhas, das quais saí vitorioso de quase todas. Quando preciso, estão sempre aqui, me apoiando, me dando mais e mais razões para seguir em frente. Hoje, vejo que sem eles, jamais teria chegado aqui, no topo, jamais seria o que sou hoje, jamais seria o Sport Club Internacional.Soberba não leva a nada
Nasci da negação e sobrevivi do amor. Já tu, nasceste em berço-de-ouro, nasceste antes de mim, mas nem por isso és o maior. Não esquece que para ser grande como és, lutaste. Admiro tuas conquistas, durante muito as invejei. Mas agora, que minhas conquistas se igualaram às tuas, não és mais o maior, também não me julgarei como.

Quem sou eu para julgar a mim mesmo? Não me importo em ser grande. Me importo em trazer orgulho àqueles do qual me orgulham, que me seguem por todas as partes, pro todos os lados. Sei que és acostumado, mas não esquece que soberba não leva a nada, e nunca vai levar. O que me fez chegar até aqui, não foram minhas conquistas. Foram os meus seguidores, sem eles, não seria ninguém. Quando resolveres parar com essa de que eles são macacos e com essa arrogância irmão, converso contigo. Quando tu resolveres que tropeços não são grandes feitos, e vitórias sempre serão grandes vitórias, poderemos ter uma conversa de igual para igual.
Enquanto isto continua com a tua soberba. Continua vivendo do passado, ou do teu currículo, como quiseres chamar. Que eu continuo minha vida, em busca de novas conquistas, como se cada uma fosse a primeira e nunca com a arrogância que sempre tivestes comigo. Enquanto tu ficas aí, fazendo teus seguidores se orgulharem das tuas derrotas, faço os meus se orgulharem de mim, assim como sou. Enquanto tu precisas de vitórias para ser o que és, preciso de amor para crescer cada vez mais. Enquanto continuas se achando o maioral, continuo com a minha humildade, continuo com o espírito de clube do povo, que é o que sou, e nunca deixarei de ser.
Quando disseres que és e sempre serás maior que eu, lhe direi para rever seus conceitos. Agora, que conquistei tudo aquilo que um dia fora teu, pensa que assim como tu és grande, eu também sou. Mas eu tenho algo, que tu rival, não tem. Eu tenho humildade e tenho também quem me ame.

Sei que títulos não são tudo, e derrotas não matam ninguém. Sei que tropeços acontecem, mas que podem ser evitados, e quando ocorrem o melhor a fazer é não se deixar cair. Mas o que eu tenho certeza é que um dia talvez tenhas sido maior que eu, mas agora, nem de longe me superas.
Cheguei aonde chegastes, mas ainda estou lá. Minha marca está junto com a tua marca. Minha marca, jamais será apagada. Assim como a tua não foi. Não tente apagar o passado, mas não viva dele. Tente construir o presente e trazer mais alegrias a todos aqueles que te amam. Mas faça com que eles parem com essa soberba boba, que hoje nem tem mais razão. Aprenda comigo. Seja humilde, largue dessa arrogância e um dia talvez, poderemos conversar de igual para igual.

É hora de ir onde ninguém foi


Há quase 30 anos, olhamos apenas para trás. Vemos a cabeça de Dom Elias ser tocada por uma centelha divina e nos dar o Brasil. Invejamos a doce morte do colorado que deixou o corpo na social do Gigante, eufórico e confuso, sem entender como Escurinho e Falcão colocaram por terra as leis da física, contra o Atlético Mineiro. Depois, sarcásticos, acompanhamos o cortejo fúnebre dos corintianos indo se afogar no Tietê, assim que Valdomiro lhes ensinou o que era um verdadeiro ‘paulistão’. Ainda com o pescoço virado, enxergamos palmeirenses cabisbaixos, deixando o Morumbi e tocando fogo em jornais que levantavam a estúpida dúvida sobre quem era o melhor entre Mococa e o futuro Rei de Roma. Embasbacados com a mais estupenda atuação de um camisa 5 na história do futebol. Saudosos, assistimos à Velha Raposa de pé na casamata, aplaudindo o príncipe Jair por ter quebrado a espinha de Leão e colocado a terceira estrela no manto vermelho. Junto, o exclusivo ramo de louros. O ramo verde da esperança. A esperança em tempos ainda melhores. De alegrias e conquistas inimagináveis. Do melhor time do mundo da segunda metade da dec de 70. Mas as glórias almejadas nunca vieram. O ramo foi suprimido. Em seu lugar, patrocínios. Uma quarta estrela nasceu, com a sina de ter seu brilho eternamente ofuscado. A ponto de receber olhares que beiram o asco, como se fosse melhor nunca ter brotado. Assim, há quase 30 anos, olhamos apenas para trás. Agora, temos de virar a cabeça para frente. É hora de ir aonde ninguém foi.Quando Rafael Sóbis balançou dois equatorianos e soltou a patada de direita, um novo ramo verde se encravou do lado esquerdo do peito de metade do Rio Grande Sul. O grito de gol que estremeceu o Menino Deus fez ondas no Guaíba e mareou os olhos de 40 mil apaixonados. Como o bel-canto, que emociona e regozija, a enlouquecida sinfonia alvi-rubra empurrou aquele time para um dos melhores segundos-tempos do clube quase centenário.
Só uma torcida no mundo conseguiria produzir arte sem instrumentos, valendo-se apenas da batida do coração. O Amor inveja o concreto do Beira-Rio.O sentimento que nasce por trás do S, do C e do I entrelaçados deveria ser catalogado como doença perigosa e incurável. Contagiados desde o berço, nesse exato momento, vivemos uma crise. Assustadoramente aguda. Sem precedentes. Nunca, o povo do ‘Clube do Povo’ esteve tão imbuído, tão concentrado. E é disso que precisamos. Daqui para frente, cada vez mais. Dia a dia. É hora de ir aonde ninguém foi.Nada é relevante até a quinta-feira da próxima semana. Olhe para o lado. O mundo está parado. Note como o relógio travou. Seus problemas são irrelevantes. Sua mãe é irrelevante. Sua existência é irrelevante! A vida é uma camisa vermelha. Nada mais.
Antes de dormir, não reze, nem peça nada. Apenas feche os olhos. Imagine o Beira-Rio. Olhe em sua volta. Setenta mil irmãos em pé. No setor sul, barras tremulam. Cabeças sobem e descem. Mãos em riste, mandando gremistas tomarem aonde eles gostam. Aparece a Academia do Povo. Brincando de Deus, a Camisa 12 cria uma nebulosa que tapa o gramado. O Inter é uma força da natureza. O jogo começa. Partida tensa. Feia. Dura. A cada carrinhaço, você pula como se fosse o título mundial. Intervalo. 0 a 0. Chove. As pernas cansam. Você não esmorece. Somos colorados, gaúchos e peleadores. O jogo recomeça. O juiz erra. Estamos com um a menos. A voz acaba. Mas somos todos teus seguidores, lembra? Nada vai nos separar! Você continua empurrando com a alma. 45min. Perdigão lança. Sóbis dribla e cai. Falta. Na risca da área. O mundo está em silêncio. Viver não é preciso. Jorge Wagner é preciso. O grito de gol ergue o Gigante aos céus. A explosão ensurdece a América. Você abraça quem está do lado. Não importa quem é. Estará com uma camisa vermelha e terá dado a vida pelo time que você ama. Ajoelhado no concreto sagrado, você chora.
O choro de desabafo que segura desde que escolheu o Internacional como estilo de vida. Você não deve mais nada para ninguém. Você nunca foi nem nunca será menor do que ninguém. Acreditem, esse é o nosso destino. A responsabilidade é nossa. Só nossa. É hora de fazer história. É hora de ir aonde ninguém foi.

Autor Desconhecido.

Um comentário:

Lúcia Bastos disse...

Mesmo não sendo seu texto Roberta, parabéns pela pesquisa.

O texto resume o sentimento que tenho.
Nenhum torcedor é mais ou melhor que outro.
Alguns as vezes esquecem isso, ao medir seu sentimento comparando-o com o que vê outro torcedor fazer.

Somos unidos por um mesmo sentimento, porém o expressamos de formas diversas, cada um a seu modo.

Inter não foi "inventado" em 2006.
Temos quase 101 anos, muitos torcedores, mesmo reclamando, jamais abandonaram o Inter.

Hoje é fácil bater no peito e se dizer sócio ou torcedor.
Mas no idos de 80 e 90, eram os "resistentes" que pagavam mensalidade, se "amontoavam" na social, protestavam no portão 8.

Graças a esses torcedores o Inter mudou!
Chegou ao nivel que tem hoje!
Mas isso basta?
A mim não!!!

Sou exigente, já escrevi aqui num post meu, quero a excelência para o Inter!
Se isso significa mudanças, que elas venham!!!
Melhor buscar a aventura do novo do que acomodar-se na mesmice no que já temos.
Acompanho a politica do Inter desde a década de 90, cheguei a militar num movimento por alguns anos.
Mas isso é assunto para meus post...kkk