Uma revolução está para acontecer no Inter. Um projeto de reforma estatutária transformará o comando do clube em empresa. O presidente do biênio 2013/2014 já vai trabalhar recebendo salário. Além dele, todo o primeiro escalão, inclusive o vice de futebol, será remunerado. O projeto deve ser concluído e enviado ao Conselho Deliberativo até 2011.(...)
Neste estudo, está prevista a criação de uma empresa com CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para explorar a venda de produtos.(..)
ClicRBS – 15.01.2010
Ao ler a notícia fiquei orgulhosa em ver que o Inter cada vez mais se torna um exemplo de administração no futebol. Uma mudança que tinha começado há algum tempo agora, de fato, acontecerá. O fim do amadorismo na administração do futebol.
Como instituição, o modelo que os times brasileiros seguem de gestão é o da paixão e com isso a pessoa que dirige o clube pode, ou não, ser competente. Tudo depende. A questão chave está na confusão entre razão e emoção para a tomada das decisões.
O esporte morre sem a paixão. Mas paixão fica para a torcida e não para a gestão.
É um absurdo um executivo ter de gerir um time, lidar com inúmeras responsabilidades, orçamentos milionários, se dedicar única, e exclusivamente, à instituição e não receber nada por isso. Com a mudança que está por vir a gestão deve ser remunerada, de tempo integral e trabalhar todo o tempo para maximizar receitas e reduzir custos, tendo como objetivo a obtenção de títulos. A estrutura gerencial tem de ser semelhante à de uma empresa normal, sem nenhum traço de amadorismo. Os candidatos a esses novos cargos certamente terão de ter currículos mínimos exigidos, terão que ser profissionais.
Mas foi exatamente nesse ponto que surgiram as minhas dúvidas
- As eleições acabarão?
- Quem são as pessoas que irão definir os escolhidos?
- E se ele não atingir os resultados, haverá meios de derrubá-lo, como acontece nas empresas?
Essa será uma importante mudança na história do Sport Club Internacional, e certamente inúmeras reuniões entre dirigentes, conselheiros, e outras tantas pessoas deverão ser feitas para elaborar um projeto sem falhas.
Está dada a largada para uma nova era na nossa tão importante história.
4 comentários:
Jessica,
Ótima questão para debate!!!
Entretanto, esses prazos fornecidos pela reportagem citada, penso serem impossiveis de cumprir...
Pela nova legislação civil, só assembleia geral de sócios pode alterar o estatuto.
Tenho receio de este tipo de gestão
causar danos ao nosso INTER!
Concordo que um gestor tem que ser remunerado mas já aconteceu este modelo de gestão em outro clube e não deu certo!
Ainda bem que a nova legislacão os sócios vão poder opinar para que se mude ou não, temos que ter muitocuidado!
Mas bem lembrado por vc este tema,
Parabéns!
A lucia tem razao. PAra mim isso foi uma jogada do Pedro Afatato para aparecer na midia. Sem contar que a parte que li 'clube empresa' eu nao gostei nadinha.
Clube empresa? E a entidade sem fins lucrativos? Vamos deixar de ser um clube de todos para ser uma empresa de alguns? Profissionalismo a niveis operacionais eu concordo, em nivel estrategico NUNCA.
O clube em si não se tornaria uma empresa, pois dessa maneira perderia incentivos fiscais.
Uma empresa seria criada, uma espécie de laranja, que prestaria serviços à entidade.
Se essa mudança for feita de forma correta, com calma e sempre visando os interesses do Inter teremos tudo para crescer ainda mais.
A profissionalização da gestão é necessária. Os orçamentos são milionários e o presidente eleito pode ou não ser competente. Imaginem um Eurico Miranda da vida! Tem que ter paixão pelo clube sim, mas o mínimo de experiência em gestão. E com isso o presidente "contratado" será cobrado por seus resultados.
A minha única dúvida mesmo fica na questão de como serão feitas as escolhas para esse cargo.
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